domingo, 12 de dezembro de 2010

Que número lhe caberia?

Já comparei a vida como uma casa de infortúnios embaraços, mas hoje, ao fazer meu exercício matinal (vício), encarei as lacunas apresentadas do sudoku como sendo reflexos em tantos setores da vida. Que número me caberia? E se removesse o nove para caber ali um modesto seis? Seria ruim, tanto assim se realmente mudanças fossem desempenhadas mesmo por pretextos tão nobres? Ou causaria um "efeito borboleta"?
Às vezes vejo que seria muito bom voltar ao passado (ao futuro seria mais fictício ainda!) para fazer mudanças, correções e/ou reviver propositadamente aquelas boas situações, sabe. Tentaria ou mudar a natureza de argumentos ou mesmo a intensidade daqueles momentos sem interferir em sua natureza porque foi simplesmente bom. De um abraço brando para um muito mais intenso; um olhar acompanhado de um sorriso tímido por outro olhar mais penetrante e demorado, aquele sedutor e irredutível como se fosse por uma questão de vida e morte; falar com mais doçura e degustar a situação fazendo um convite pelo compromisso de lhe dar companhia... Enfim, tudo seria possível, mas, infelizmente, assim como a matemática de sudoku o tempo tem seus encaixes sistemáticos que não faz aberturas para remoções quaisquer que sejam. Uma "peça" que seja, está desempenhando papel preponderante no resultado geral, não importando seu peso, cor ou intenção. Seja como for, aprendi que até mesmo um olhar faz encaixar-se sem qualquer pedido de licença, assim como a flecha atirada que não volta e a palavra pronunciada, é uma oportunidade vivida!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010


Pessoas Maravilhosas
Futuros Psicólogos =D
"Todos tão jovens e com uma grande caminho a percorrer.
Mas o futuro parece convidativo e fascinante a cada dia"...

segunda-feira, 7 de junho de 2010

O nevoeiro :Um terror psicologico

Um representação da sociedade em um mercadinho.


É incrível como momentos de ócio podem trazer visões incríveis!Não,eu não estou usando drogas estou falando de uma sessão de filmes..
Estava assistindo ao Filme "O nevoeiro"(the mist Original) ,uma adaptação baseada numa história de Stephen King ,só ao saber isso já é motiva para voltar as atenções para ele (os viciados em filmes vão me dar toda a razão).

A história se passa na pequena cidade Maine
depois que uma violenta tempestade devasta a cidade , David Drayton - um artista local - e seu filho de 8 anos correm para o mercado, antes que os suprimentos se esgotem. Porém, um estranho nevoeiro toma conta da cidade,Vários pessoas,com pensamentos,valores, ideias e crenças completamente diferentes com uma fanática religiosa,um pai dedicado,um forasteiro cético,um motoqueiro rock'n roll ,etc...E não demora muito para as mesmo perceberem q estão pressa no mercadinho ja que o nevoeiro que as abriga criaturas mortais que matam,devoram e estraçalham qualquer um q tente sair.


E é ai que o terror começa,as ameaças vem de todos lados não só das criaturas misteriosas mas também das próprias pessoas ali presas
,ao tenta desvendar o mistério, o caos se instala e fica evidente que as pessoas dentro do mercado podem tornar-se tão ameaçadoras quanto as criaturas do lado de fora.Como o próprio encarte do filme diz"O medo muda tudo"
Em momentos de alto nível de estresse, os personagens tentam recorrer à racionalidade, em meio a uma situação extremamente e distante de acreditar. É nessas horas que a irracionalidade distante de acreditar. É nessas horas que a irracionalidade toma conta.

Sem ter para onde correr ou pedir ajuda os habitante dessa micro sociedade passa agir por conta própria com suas leis e regras particulares onde as antigas ideias de bem e mal desaparecem e a moralidade acaba sendo substituída por uma luta por poder,territorialismo e religião.E a situação se torna mais tensa no momento em que fanática religiosa
Mrs. Carmody se torna uma espécie de líder nessa TRIBO onde passa a ser juíza,profeta, policia e detentora de todas as decisões e em minha opinião,a questão religiosa acaba sendo o pilar principal e mais importante do filme e é o que noto nesse dialogo

"As pessoas são boas, decentes. Meu Deus, somos uma sociedade civilizada", diz a mocinha.

"Claro. Contanto que as máquinas funcionem e o 190 atenda. Tire isso, deixe todo mundo no escuro e assustado e as regras se vão. As pessoas vão recorrer a quem quer que ofereça uma solução. Somos fundalmentamente insanos como espécie. Coloque gente suficiente num quarto e é só uma questão de tempo até cada metade começar a imaginar maneiras de matar a outra por que acha q inventamos a política e as religioes?", respondem os pessimistas (ou seriam realistas?) mocinhos.

O filme é uma otimo adaptação de king ,coisa rara nos dias de hoje, e é muito bom para quem gosta de ler nas entrelinhas uma otima representação do comportamento humanos a psicanálise e psicologia comportamental tem muito explorar.Tem um dos finais mais pessimistas e espetaculares que vi nada de FINAL DE NOVELA DA GLOBO ainda bem...

domingo, 6 de junho de 2010

Experimento de Milgram é recriado...Em 50 anos o ser humano não mudou


O ser humano é uma espécie maravilhosa,boa,integra,ética e respeitosa mas isso é só até colocar dinheiro em jogo e uma ordem superior apartir dai todos os valores se tornam nulos,exagero meu??? Não, não mesmo
Isso ficou provado na reformulação do teste ético do psicólogo social Stanley Milgram.

Um documentário que foi exibido no mês de março na televisão na França mostrando participantes de um game show sendo estimulados a torturar seus rivais no programa.

Os participantes são instruídos a puxar alavancas para aplicar choques elétricos – e aumentar a voltagem – em seus rivais, que ficam amarrados em cadeiras elétricas.

No entanto, os participantes não são informados de que seus oponentes, que estão amarrados nas cadeiras elétricas, são na verdade atores, e que não há choque nenhum sendo aplicado.

O game show foi criado especialmente para o documentário "Jusqu' va la télé?" ("Até onde vai a TV?", em português,deviam trocar o nome para "Até onde vai O homem")

Segundo os produtores do documentario, o objetivo do game show é mostrar como as pessoas podem se comportar de forma inaceitável em "reality shows" alguns participantes do BBB são provas vivas disso.

O documentario mostra quantos participantes em um ambiente de TV concordam em agir contra seus próprios códigos e princípios morais quando orientados a fazer algo extremo (ordem superior no caso uma apresentadora muito linda e sádica).

O resultado impressionou os produtores ao ver que os mesmo seguiam cegamente as ordem da apresentadora maligna e da plateia sedenta por sangue que gritava "punição,punição,punição"

No game show, 82% dos participantes concordaram em puxar a alavanca, acreditando que estavam aumentando a dor nos seus rivais. O resultado remete ao experimento do nosso amigo Stanley Milgram (aqui) que a quase 50 anos trouxe resultados bem semelhantes onde os participantes assumiam o lugar de professores infligindo o que acreditavam ser choques elétricos de até 450v suficiente para matar um ser humano Não digo que todas as pessoas são cruéis ou gananciosas ,eu ainda tenho esperança na humanidade os 18% q se recusam me mostraram isso.

Fonte : BBC Brasil

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Darwin e a Psicologia

Autor da teoria da evolução também fez experiências com psicologia



por Jabr Ferris [Scientific American]


Wikimedia Commons





Charles Darwin é famoso pela prolífica obra sobre biologia. Além de publicar sua teoria da evolução, escreveu livros sobre recifes de coral, minhocas e plantas carnívoras. Mas o eminente naturalista fez importantes contribuições além das ciências da vida: também foi um psicólogo experimental.

Darwin conduziu um dos primeiros estudos sobre como as pessoas reconhecem a emoção nos rostos, de acordo com pesquisa de Peter Snyder, neurocientista da Brown University. Snyder se baseou em documentos biográficos inéditos, agora divulgados na edição de maio do Journal of the History of the Neurosciences.

Lendo cartas de Darwin na University of Cambridge, na Inglaterra, Snyder observou várias referências a uma pequena experiência sobre emoções que o cientista realizara em sua casa. Com a ajuda de bibliotecários, Snyder descobriu notas com caligrafia ilegível das mãos idosas de Darwin e com a letra de sua esposa, Emma. Embora o fascínio de Darwin com a expressão emocional seja bem documentado, ninguém tinha reunido os detalhes de sua experiência caseira. Agora, surge uma narrativa completa.

“Darwin aplicou um método experimental que, na época, era muito raro na Inglaterra vitoriana", disse Snyder. "Ele avançou nas fronteiras de todos os tipos de ciências biológicas, mas suas contribuições para a psicologia são pouco conhecidas."

Em 1872, Darwin publicou o texto "A expressão das emoções no homem e nos animais”, no qual argumentava que todos os seres humanos e até mesmo outros animais expressavam emoções por meio de comportamentos notavelmente similares. Para Darwin, a emoção tinha uma história evolutiva que poderia ser rastreada através de culturas e espécies. Hoje, muitos psicólogos concordam que certas emoções são universais para todos os seres humanos, independentemente da cultura: raiva, medo, surpresa, nojo, alegria e tristeza.

Ao escrever o livro, Darwin correspondeu-se com vários pesquisadores, incluindo o médico francês Guillaume-Benjamin-Amand Duchenne, para quem os rostos humanos poderiam expressar pelo menos 60 emoções distintas, dependendo do grupo específico de músculos faciais. Em contraste, Darwin acreditava que as musculaturas faciais trabalhavam juntas para criar um conjunto de apenas algumas emoções.

Duchenne estudou a emoção através da aplicação de uma corrente elétrica nos rostos. Ao estimular a combinação correta de músculos faciais, Duchenne imitou expressões emocionais genuínas. Ele produziu mais de 60 fotos de suas cobaias humanas, demonstrando o que acreditava ser emoções distintas.


Mas Darwin discordou. "Comecei a olhar para o álbum dos fotogramas que Darwin tinha recebido de Duchenne", disse Snyder. "E Darwin escreveu essas notas críticas nele, dizendo: ‘Eu não acredito nisso. Isso não é verdade’".

Segundo Darwin, apenas alguns slides de Duchenne representariam emoções humanas universais. Para testar essa ideia, ele realizou um estudo duplo-cego em sua casa no condado de Kent, Inglaterra. Darwin escolheu 11 de slides de Duchenne, colocou-os em uma ordem aleatória e apresentou-os um de cada vez para mais de 20 dos seus convidados, sem quaisquer sugestões ou questões de liderança. Então pediu aos amigos que adivinhassem qual emoção cada slide representava. “Esse tipo de controle experimental seria considerado rudimentar atualmente, mas foi avançado no tempo de Darwin”, ressalta Snyder.

De acordo com as notas nos manuscritos e nas tabelas de dados estudados por Snyder, os convidados de Darwin concordaram quase unanimemente sobre a felicidade, tristeza, medo e surpresa, mas discordaram sobre outras emoções. Para Darwin, apenas os slides fotográficos de emoções básicas eram relevantes.

Darwin utilizou os resultados de seu experimento do século 19 para melhorar a própria compreensão da emoção e da expressão. Mas seus métodos pioneiros continuam a ser relevantes para psicólogos atuais.

"Hoje usamos quase a mesma técnica, e até mesmo os estímulos, para avaliar o reconhecimento emocional de uma variedade de doenças psiquiátricas, como o autismo e a esquizofrenia", disse Snyder. "Os métodos de abordagem de Darwin não estão presos no tempo.”