segunda-feira, 7 de junho de 2010

O nevoeiro :Um terror psicologico

Um representação da sociedade em um mercadinho.


É incrível como momentos de ócio podem trazer visões incríveis!Não,eu não estou usando drogas estou falando de uma sessão de filmes..
Estava assistindo ao Filme "O nevoeiro"(the mist Original) ,uma adaptação baseada numa história de Stephen King ,só ao saber isso já é motiva para voltar as atenções para ele (os viciados em filmes vão me dar toda a razão).

A história se passa na pequena cidade Maine
depois que uma violenta tempestade devasta a cidade , David Drayton - um artista local - e seu filho de 8 anos correm para o mercado, antes que os suprimentos se esgotem. Porém, um estranho nevoeiro toma conta da cidade,Vários pessoas,com pensamentos,valores, ideias e crenças completamente diferentes com uma fanática religiosa,um pai dedicado,um forasteiro cético,um motoqueiro rock'n roll ,etc...E não demora muito para as mesmo perceberem q estão pressa no mercadinho ja que o nevoeiro que as abriga criaturas mortais que matam,devoram e estraçalham qualquer um q tente sair.


E é ai que o terror começa,as ameaças vem de todos lados não só das criaturas misteriosas mas também das próprias pessoas ali presas
,ao tenta desvendar o mistério, o caos se instala e fica evidente que as pessoas dentro do mercado podem tornar-se tão ameaçadoras quanto as criaturas do lado de fora.Como o próprio encarte do filme diz"O medo muda tudo"
Em momentos de alto nível de estresse, os personagens tentam recorrer à racionalidade, em meio a uma situação extremamente e distante de acreditar. É nessas horas que a irracionalidade distante de acreditar. É nessas horas que a irracionalidade toma conta.

Sem ter para onde correr ou pedir ajuda os habitante dessa micro sociedade passa agir por conta própria com suas leis e regras particulares onde as antigas ideias de bem e mal desaparecem e a moralidade acaba sendo substituída por uma luta por poder,territorialismo e religião.E a situação se torna mais tensa no momento em que fanática religiosa
Mrs. Carmody se torna uma espécie de líder nessa TRIBO onde passa a ser juíza,profeta, policia e detentora de todas as decisões e em minha opinião,a questão religiosa acaba sendo o pilar principal e mais importante do filme e é o que noto nesse dialogo

"As pessoas são boas, decentes. Meu Deus, somos uma sociedade civilizada", diz a mocinha.

"Claro. Contanto que as máquinas funcionem e o 190 atenda. Tire isso, deixe todo mundo no escuro e assustado e as regras se vão. As pessoas vão recorrer a quem quer que ofereça uma solução. Somos fundalmentamente insanos como espécie. Coloque gente suficiente num quarto e é só uma questão de tempo até cada metade começar a imaginar maneiras de matar a outra por que acha q inventamos a política e as religioes?", respondem os pessimistas (ou seriam realistas?) mocinhos.

O filme é uma otimo adaptação de king ,coisa rara nos dias de hoje, e é muito bom para quem gosta de ler nas entrelinhas uma otima representação do comportamento humanos a psicanálise e psicologia comportamental tem muito explorar.Tem um dos finais mais pessimistas e espetaculares que vi nada de FINAL DE NOVELA DA GLOBO ainda bem...

domingo, 6 de junho de 2010

Experimento de Milgram é recriado...Em 50 anos o ser humano não mudou


O ser humano é uma espécie maravilhosa,boa,integra,ética e respeitosa mas isso é só até colocar dinheiro em jogo e uma ordem superior apartir dai todos os valores se tornam nulos,exagero meu??? Não, não mesmo
Isso ficou provado na reformulação do teste ético do psicólogo social Stanley Milgram.

Um documentário que foi exibido no mês de março na televisão na França mostrando participantes de um game show sendo estimulados a torturar seus rivais no programa.

Os participantes são instruídos a puxar alavancas para aplicar choques elétricos – e aumentar a voltagem – em seus rivais, que ficam amarrados em cadeiras elétricas.

No entanto, os participantes não são informados de que seus oponentes, que estão amarrados nas cadeiras elétricas, são na verdade atores, e que não há choque nenhum sendo aplicado.

O game show foi criado especialmente para o documentário "Jusqu' va la télé?" ("Até onde vai a TV?", em português,deviam trocar o nome para "Até onde vai O homem")

Segundo os produtores do documentario, o objetivo do game show é mostrar como as pessoas podem se comportar de forma inaceitável em "reality shows" alguns participantes do BBB são provas vivas disso.

O documentario mostra quantos participantes em um ambiente de TV concordam em agir contra seus próprios códigos e princípios morais quando orientados a fazer algo extremo (ordem superior no caso uma apresentadora muito linda e sádica).

O resultado impressionou os produtores ao ver que os mesmo seguiam cegamente as ordem da apresentadora maligna e da plateia sedenta por sangue que gritava "punição,punição,punição"

No game show, 82% dos participantes concordaram em puxar a alavanca, acreditando que estavam aumentando a dor nos seus rivais. O resultado remete ao experimento do nosso amigo Stanley Milgram (aqui) que a quase 50 anos trouxe resultados bem semelhantes onde os participantes assumiam o lugar de professores infligindo o que acreditavam ser choques elétricos de até 450v suficiente para matar um ser humano Não digo que todas as pessoas são cruéis ou gananciosas ,eu ainda tenho esperança na humanidade os 18% q se recusam me mostraram isso.

Fonte : BBC Brasil

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Darwin e a Psicologia

Autor da teoria da evolução também fez experiências com psicologia



por Jabr Ferris [Scientific American]


Wikimedia Commons





Charles Darwin é famoso pela prolífica obra sobre biologia. Além de publicar sua teoria da evolução, escreveu livros sobre recifes de coral, minhocas e plantas carnívoras. Mas o eminente naturalista fez importantes contribuições além das ciências da vida: também foi um psicólogo experimental.

Darwin conduziu um dos primeiros estudos sobre como as pessoas reconhecem a emoção nos rostos, de acordo com pesquisa de Peter Snyder, neurocientista da Brown University. Snyder se baseou em documentos biográficos inéditos, agora divulgados na edição de maio do Journal of the History of the Neurosciences.

Lendo cartas de Darwin na University of Cambridge, na Inglaterra, Snyder observou várias referências a uma pequena experiência sobre emoções que o cientista realizara em sua casa. Com a ajuda de bibliotecários, Snyder descobriu notas com caligrafia ilegível das mãos idosas de Darwin e com a letra de sua esposa, Emma. Embora o fascínio de Darwin com a expressão emocional seja bem documentado, ninguém tinha reunido os detalhes de sua experiência caseira. Agora, surge uma narrativa completa.

“Darwin aplicou um método experimental que, na época, era muito raro na Inglaterra vitoriana", disse Snyder. "Ele avançou nas fronteiras de todos os tipos de ciências biológicas, mas suas contribuições para a psicologia são pouco conhecidas."

Em 1872, Darwin publicou o texto "A expressão das emoções no homem e nos animais”, no qual argumentava que todos os seres humanos e até mesmo outros animais expressavam emoções por meio de comportamentos notavelmente similares. Para Darwin, a emoção tinha uma história evolutiva que poderia ser rastreada através de culturas e espécies. Hoje, muitos psicólogos concordam que certas emoções são universais para todos os seres humanos, independentemente da cultura: raiva, medo, surpresa, nojo, alegria e tristeza.

Ao escrever o livro, Darwin correspondeu-se com vários pesquisadores, incluindo o médico francês Guillaume-Benjamin-Amand Duchenne, para quem os rostos humanos poderiam expressar pelo menos 60 emoções distintas, dependendo do grupo específico de músculos faciais. Em contraste, Darwin acreditava que as musculaturas faciais trabalhavam juntas para criar um conjunto de apenas algumas emoções.

Duchenne estudou a emoção através da aplicação de uma corrente elétrica nos rostos. Ao estimular a combinação correta de músculos faciais, Duchenne imitou expressões emocionais genuínas. Ele produziu mais de 60 fotos de suas cobaias humanas, demonstrando o que acreditava ser emoções distintas.


Mas Darwin discordou. "Comecei a olhar para o álbum dos fotogramas que Darwin tinha recebido de Duchenne", disse Snyder. "E Darwin escreveu essas notas críticas nele, dizendo: ‘Eu não acredito nisso. Isso não é verdade’".

Segundo Darwin, apenas alguns slides de Duchenne representariam emoções humanas universais. Para testar essa ideia, ele realizou um estudo duplo-cego em sua casa no condado de Kent, Inglaterra. Darwin escolheu 11 de slides de Duchenne, colocou-os em uma ordem aleatória e apresentou-os um de cada vez para mais de 20 dos seus convidados, sem quaisquer sugestões ou questões de liderança. Então pediu aos amigos que adivinhassem qual emoção cada slide representava. “Esse tipo de controle experimental seria considerado rudimentar atualmente, mas foi avançado no tempo de Darwin”, ressalta Snyder.

De acordo com as notas nos manuscritos e nas tabelas de dados estudados por Snyder, os convidados de Darwin concordaram quase unanimemente sobre a felicidade, tristeza, medo e surpresa, mas discordaram sobre outras emoções. Para Darwin, apenas os slides fotográficos de emoções básicas eram relevantes.

Darwin utilizou os resultados de seu experimento do século 19 para melhorar a própria compreensão da emoção e da expressão. Mas seus métodos pioneiros continuam a ser relevantes para psicólogos atuais.

"Hoje usamos quase a mesma técnica, e até mesmo os estímulos, para avaliar o reconhecimento emocional de uma variedade de doenças psiquiátricas, como o autismo e a esquizofrenia", disse Snyder. "Os métodos de abordagem de Darwin não estão presos no tempo.”

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Tudo por sexo


O que há em comum no desejo de ganhar um salário maior ou de escrever uma poesia?

O que há em comum no desejo de ganhar um salário maior ou de escrever uma poesia? Para Geoffrey Miller, especialista em psicologia evolutiva e autor do livro A mente seletiva (Editora Campus),a resposta está no sexo. Isso mesmo.A necessidade de tornar-se mais atrativo sexualmente seria a chave para compreender até o surgimento da sofisticada cultura humana.

Partindo do princípio de que a reprodução é o instinto básico em todos os seres, Miller acredita que a mente desenvolveu, durante a evolução, diferentes “estratégias reprodutivas”. Se os homens pré-históricos precisavam caçar animais para atrair suas parceiras, os modernos Homo sapiens compram iates ou escrevem sinfonias.A evolução também explicaria, por exemplo, por que os homens seriam mais promíscuos que as mulheres quanto ao sexo . “São diferentes estratégias reprodutivas”, diz Miller. “Enquanto as mulheres normalmente estão mais interessadas na qualidade de seus parceiros (segundo ele, pela necessidade de criar seus filhos), os homens geralmente são menos exigentes na escolha de quem levar para cama.” Antes de ser acusado de usar a ciência em prol do machismo, ele diz que essa situação muda quando o homem escolhe a mãe de seus filhos."Ai ele se torna tão exigente quanto as mulheres”, diz Miller, que conversou com a revista Superrinteressante sobre seu trabalho.

O que é a psicologia evolutiva?

Ela tenta entender a natureza humana perguntando como nossos ancestrais sobreviveram e se reproduziram. Quanto melhor nós entendermos nossa evolução, melhor nós entenderemos nossos cérebros, nossas mentes e o comportamento moderno.A psicologia evolutiva procura compreender, por exemplo, por que buscamos status, achamos alguém sexualmente atraente, fazemos amigos, fofocamos e outras respostas para perguntas que tradicionalmente foram negligenciadas pela psicologia. O que estamos compreendendo agora é que boa parte do nosso comportamento é produzido por circuitos do cérebro que evoluíram, originalmente, para que os nossos ancestrais se tornassem sexualmente atrativos.

Ou seja, tudo tem uma base sexual?

Os comportamentos humanos evoluíram, sim, devido ao sexo . Mas isso não significa que hoje eles tenham uma conotação sexual. Os pássaros não cantam apenas para o acasalamento, mesmo que essa habilidade tenha tido originalmente essa função. Não deve ser à toa que nos interessamos por música, dança e humor depois da puberdade, no momento exato em que começamos a estar predispostos a atrair parceiros sexuais.

Em seu livro A mente seletica, o senhor também trata das diferenças entre homens e mulheres quanto ao comportamento sexual.

Enfoco as semelhanças entre homens e mulheres, enquanto outros psicólogos evolucionistas normalmente prestam atenção nas diferenças. As diferenças são importantes, mas podem ser exageradas. Homens podem potencialmente ter muitos filhos com muitas mulheres. Mulheres podem somente ter, no máximo, cerca de uma dezena de filhos. Isso faria, portanto, que elas sejam mais interessadas na qualidade dos seus parceiros que na quantidade. Mas apesar de os homens, em geral, serem menos exigentes na escolha de suas parceiras, isso muda quando ele tem que escolher alguém com quem viver por muito tempo. Tornam-se quase tão exigentes quanto as mulheres. Isso não é comum na natureza, onde apenas a fêmea costuma ser exigente e o macho acasala com todas as fêmeas que pode conseguir.

O que torna uma pessoa interessante ou sexualmente atrativa?

Quando se trata de apaixonar-se, há muitas evidências de que nós nos importamos muito com a inteligência, a amabilidade, a criatividade e o senso de humor. Enquanto os animais focam basicamente a aparência física e um ritual de cortejo mais simples, estamos interessados também nos pensamentos e sentimentos dos nossos parceiros. É por isso que a seleção sexual gerou os pensamentos e sentimentos humanos. Preocupa-nos muito, por exemplo, se alguém é interessante para conversar. A maioria do cortejo humano é verbal, e eu calculo que os amantes trocam, em média, cerca de 1 milhão de palavras antes de manter relações sexuais que acabem em gravidez. Isso deu à seleção sexual enorme poder para formar a linguagem humana e qualquer outro meio para expressar emoções.

Além da linguagem, a“seleção sexual” também teria importante papel no desenvolvimento das artes plásticas, da música e da literatura?

Foi por isso que escrevi A mente seletiva. Acho que é importante reconhecer que todas essas manifestações do comportamento humano são relacionadas com exibir-se, como formas de conquistar status social e de atrair parceiros. Daí meu argumento de que tudo isso evoluiu, em parte, por conta da seleção sexual. Isso parece razoável porque a maioria das características mais bonitas e impressionantes dos seres vivos – as flores, a cauda do pavão, o som dos rouxinóis – é também fruto da seleção sexual.A teoria da seleção sexual diz que somos atraídos pelos trabalhos artísticos mais difíceis e custosos de fazer, em termos de tempo, energia e capacidade. Acredito que isso define boa parte das nossas preferências estéticas. Nosso senso de belo na arte evoluiu para que pudéssemos escolher os artistas mais talentosos como parceiros sexuais. Há exemplos disso acontecendo em outras espécies. Há pássaros na Austrália que constroem ninhos com pedras e conchas. As fêmeas passam, fazem uma inspeção de cada ninho e acasalam com o macho que construiu o ninho mais bonito. Assim, os genes para construir ninhos bonitos espalharam-se através dessa espécie de pássaros. Meu livro tenta entender como algumas das aptidões que mais valorizamos, como a arte, surgiram de maneira similar.

O que, no comportamento humano, poderia ser determinado pela seleção sexual?

A seleção sexual determinou nossa necessidade de status, prestígio e respeito social. Status não é tão útil para a sobrevivência, mas é muito importante para a reprodução. Quando competimos no local de trabalho, nós estamos buscando status do mesmo jeito que nossos ancestrais tentaram alcançar status sendo bons caçadores ou contadores de histórias. Ou seja: estamos sempre atuando para impressionar e atrair parceiros sexuais. Nossa cultura não está separada da nossa evolução biológica.


O senhor acredita que sua teoria poderia ajudar outras ciências humanas. Para a economia, por exemplo, qual seria a contribuição dela?

Muitos aspectos importantes da economia não são explicados muito bem pelos economistas. Eles não conseguiram explicar, por exemplo, por que compramos artigos de luxo ou por que trabalhamos para ganhar mais do que precisamos para sobreviver. Todos esses fenômenos são resultado da seleção sexual. Em economias modernas, nós não adquirimos status caçando animais ou alegando ter poderes espirituais, mas por meio da ascensão profissional. Isso explica, também, por que os homens são mais ambiciosos financeiramente que as mulheres – afinal, eles são propensos a ter mais parceiras. Nós não somos conscientes de tudo isso, claro, mas a maioria de nós se comporta exatamente de acordo com a teoria de Darwin.

Se sua teoria baseia-se no instinto de reprodução, como o senhor explicaria a homossexualidade?

Eu não tenho uma explicação para a homossexualidade. Ela ainda é um mistério do ponto de vista evolutivo e, até onde eu sei, ninguém tem uma explicação satisfatória.

Geoffrey Miller

• Professor Assistente de Psicologia evolutiva da Universidade do Novo México, em Albuquerque, Estados Unidos.

• Tem 37 anos, é autor do livro A Mente Seletiva, em que propõe que a cultura humana surgiu da necessidade que temos de atrair parceiros sexuais.

• Quando não está ensinando, gosta de pintar, esquiar e andar de bicicleta.


fonte:aqui

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Livro acusa Freud de charlatanismo causa polêmica na França



Um novo livro que acusa o pai da psicanálise, Sigmund Freud, de ser mentiroso, fracassado e defensor de regimes totalitários está criando polêmica na França.

De acordo com o filósofo francês Michel Onfray, autor de Le Crépuscule d'une idole, l'affabulation freudienne (O Crepúsculo de um Ídolo, a Fábula Freudiana), a psicanálise é comparável a uma religião e sua capacidade de curar as pessoas é semelhante a da homeopatia.

O livro começou a ser vendido nesta semana nas livrarias francesas, mas já havia começado a gerar controvérsia antes mesmo de sua publicação. Psicanalistas acusam Onfray de cometer erros e ignorar fatos para defender a sua tese.

'Necessidades fisiológicas'

O conhecido filósofo, que escreveu Tratado de Ateologia (publicado também no Brasil), acredita que Freud transformou seus próprios "instintos e necessidades fisiológicas" em uma doutrina com pretensão de ser universal.

Mas, para Onfray, a psicanálise seria "uma disciplina verdadeira e justa no que diz respeito a Freud e ninguém mais".

Onfray diz que Freud fracassou na cura de pacientes que ele mesmo atendeu, mas ocultou ou alterou suas histórias clínicas para dar a impressão de que o tratamento havia sido bem sucedido.

Ele afirma, por exemplo, que Sergei Konstantinovitch, indicado por Freud como "o homem dos lobos", continuou fazendo psicanálise mais de meio século depois de ter sido supostamente curado por Freud.

E diz que Bertha Pappenheim, conhecida como "Anna O." e apresentada por Freud como um caso em que o tratamento contra histeria e alucinações funcionou, continuou tendo recaídas.

Durante um debate com a psicanalista francesa Julia Kristeva publicado esta semana no jornal francês Le Nouvel Observateur, Onfray rejeitou a noção de que o método de Freud "cura todas as vezes".

"A psicanálise cura tanto quanto a homeopatia, o magnetismo, a radiestesia, a massagem do arco do pé ou o exorcismo feito por um sacerdote, quanto nenhuma oração diante da Gruta de Lourdes (onde há relatos de que Nossa Senhora teria aparecido)", afirmou.

"Sabemos que o efeito do placebo constitui 30% da cura de um medicamento", acrescentou. "Por que a psicanálise escaparia desta lógica?"

Se formos analisar a psicanálise sob a otica da epistemologia,ela não é uma Ciêntificos. Não há reprodutibilidade, não há comprovação empírica, não refutabilidade


Dinheiro, sexo e fascismo

Além de questionar o método de Freud, Onfrey criticou sua personalidade e o apresenta como alguém que foi capaz de cobrar o equivalente ao que seriam hoje US$ 600 por uma sessão, e incapaz de tratar dos pobres.

O filósofo francês diz que acredita que Freud tinha preconceito contra homossexuais e com um interesse especial em temas como abuso sexual, complexo de Édipo e incesto, e que dormia com a cunhada.

Em termos ideológicos, Onfray defende a tese de que Freud flertou com o fascismo e diz que em 1933, ele escreveu uma dedicatória elogiosa para Benito Mussolini: "Com as respeitosas saudações de um veterano que reconhece na pessoa do dirigente um herói da cultura."

Ele afirma que o criador da psicanálise procurou se alinhar com o chanceler Engelbert Dollfuss, que instaurou o "austrofascismo" no país, e também às exigências do regime nazista.

'Ódio'

O livro gerou uma onda de troca de acusações e protestos nos círculos intelectuais da França.

A historiadora e psicanalista Elisabeth Roudinesco afirmou em artigo em Le Nouvel Observateur que o novo texto de Onfray está "cheio de erros" e "rumores".

Roudinesco acusou Onfray de ter tirado as coisas do contexto e afirmou que Freud "de maneira alguma apoiou o fascismo e nunca fez apologia dos regimes autoritários".

"Quando sabemos que oito milhões de pessoas na França tratam-se com terapias derivadas da psicanálise, está claro que no livro e nas palavras do autor há uma vontade de causar danos", disse.

Em seu debate com Onfray, Kristeva defendeu a psicanálise como um mecanismo capaz de tratar de problemas como a histeria, o complexo de Édipo ou comportamento anoréxico ou bulímico, entre outros.

"Onfray nos insulta quando diz que a psicanálise não cura", escreveu o psiquiatra e psicanalista Serge Hefez no semanário Le Point. "O que fazemos todos nós em nossos consultórios, centros de terapia familiar, conjugal, nossos hospitais (...) senão ajudar o sujeito a se converter em ator de sua própria história?"

Hefez disse que "a psicanálise cura, é um tratamento útil e vivo praticado por milhares de terapeutas conscienciosos que conhecem fracassos, sucessos parciais e sucessos."

Onfray respondeu que várias reações contra seu livro evitam responder seus argumentos centrais e, em um artigo publicado no jornal francês Le Monde, perguntou se era impossível fazer uma leitura crítica de Freud.

"Com este livro, alguns amigos haviam me adiantado o ódio porque me metia com o bolso", escreveu. "Hoje eu me dou conta do quão certos estavam".

Para terminar, temos um “causo”. Freud estava tratando de uma mulher que tinha sempre a impressão de estar sentindo cheiro de pudim de laranja queimado. Acontece que o bom Freud vaticinou que as sensações olfativas da distinta senhorita eram sintomas de histeria crônica. Misteriosamente, a paciente deixa de ir no consultório. Tempos depois, Freud a encontra e pergunta como ela tem passado. Ela diz que muito bem, que descobrira que o cheiro de pudim queimado era devido à vizinha, que sempre deixava o doce queimar, mas jogava pela janela para que o marido não visse. (história contada no livro A Assustadora história da Medicina, de Richard Gordon)

fonte: BBC

Experiência da Obediência de Stanley Milgram

Stanley Milgram (1933 - 1984) foi um psicólogo norte-americano graduado da Universidade de Yale que conduziu a experiência dos pequemos mundos (a fonte do conceito dos seis graus de separação) e a Experiência de Milgram sobre a obediência à autoridade. Esta experiência tinha como objectivo o estudo das reacções individuais face a indicações concretas de outros. A obediência era medida através das acções manifestas e implicava comportamentos fonte de sofrimento para outros. Experiência:
1 Um voluntário apresentava-se para participar na experiência, sem saber que seria avaliado na sua capacidade de obedecer a ordens. Era colocado no comando de uma falsa máquina de infligir choques;
Os sujeitos eram
encarregues num suposto papel de “professor” numa experiência sobre “aprendizagem”.
2 A máquina estava ligada ao corpo de um homem mais velho e afável, que era submetido à uma entrevista numa sala ao lado. O voluntário podia ver o homem mais velho, mas não era visto por ele;
3 O voluntário era instruído por um investigador a accionar a máquina de choques todas as vezes que a pessoa errava uma resposta. A intensidade dos choques aumentava supostamente 15 volts por cada erro cometido, desde 15 (marcado na máquina como “choque ligeiro”) até
450 volts (marcado na máquina como“perigo: choque severo”);
4 À medida que a intensidade dos choques aumentava a pessoa queixava-se cada vez mais até que se recusa a responder;
O experimentador ordena ao sujeito para continuar a administrar choques.”Você não tem alternativa, tem que continuar”;

Ilustrações: Edivaldo Serralheiro
Mesmo vendo o sofrimento, a maior parte dos voluntários continuava obedecendo às ordens e infligindo choques cada vez maiores. A intensidade máxima, 450 v, significaria hipoteticamente matar a outra pessoa. 65% das pessoas obedeceram às ordens até o fim e deram o choque pretensamente fatal. Variações no procedimento Milgram (1974):
  1. Proximidade da vítima:
  • Se a vítima só podia ser ouvida, 65% dos sujeitos iam até ao limite.
  • Se houvesse contacto visual a percentagem baixava. Contudo, mesmo quando os sujeitos eram eles próprios a manter a mão do aprendiz sobre uma placa metálica, 30% iam até aos 450 volts.
2. Proximidade da figura de autoridade:
  • Quando o experimentador dava as instruções pelo telefone só 20.5% continuavam a obedecer;
3. Legitimidade da autoridade:
  • Quando a experiência era conduzida num edifício normal de escritórios a obediência caiu para 48%;
4. Influências sociais:
  • Se estivesse presente um segundo sujeito que obedecia, a obediência chegava aos 92%. Se o outro recusava, somente 10% dos sujeitos chega aos 450V.
As opções metodológicas deste estudo levantaram alguns problemas do ponto de vista ético pois podemos questionar-nos se seria legitimo induzir os sujeitos experimentais em erro numa questão tão delicada quanto esta. Quem efectivamente acabava por sofrer algum dano era o sujeito "agressor" que podia ficar afectado psicologicamente por ter sido levado a pensar que tinha provocado sofrimento a outra pessoa.

fonte aqui

terça-feira, 1 de junho de 2010

Homens preferem cantadas mais diretas.


Garotas ,essa é pra vocês...
Sabe aquele cara que você da mole em um festa mas o cara simplesmente não faz nada???
Não ele não é gay(nem todos) o problemas não esta na sua abordagem e sim no cérebro dele...
Uma pesquisa realizada na Universidade Bucknell, na Pensilvânia, revelou que os homens preferem uma abordagem direta quando recebem uma cantada de uma mulher. De acordo com o estudo, os homens têm dificuldade em entender os sinais que indicam o nível de interesse que uma mulher pode ter em relação a eles, mesmo que a linguagem corporal dela seja convidativa. Frases simples como “Você gostaria de ir jantar?” ou “Posso te dar o meu telefone?” evitam confusão e ajudam a garantir o sucesso do flerte.

Os pesquisadores pediram a um grupo de mulheres que revelassem suas melhores frases para abordar um potencial namorado. Eles apresentaram as 50 respostas mais comuns e pediram a 70 homens e mulheres que dissessem se achavam que elas surtiam um efeito positivo.

As mulheres também preferiram uma abordagem mais direta, mas consideraram positivas frases que têm o objetivo de identificar interesses comuns.

Cantadas supostamente bem humoradas como “A sua camisa combina com a minha roupa de cama” não foram bem vistas, de acordo com o estudo, que foi publicado na revista “Personality and Individual Differences”.

Pior do que esta, só aproximações com frases como “Acho que eu te conheço. Nós já nos encontramos antes?” O psicólogo Joel Wade, que liderou o estudo, disse: “Indicação direta de um possível encontro assim como a sugestão de uma possível data dá ao homem um sinal mais claro do que a emissão de sinais não-verbais vagos que o homem precisa decifrar.” Wade disse que sugestões diretas retiram qualquer “incerteza em relação ao resultado da interação”.

A reportagem é da UOL Ciência

Bom, mulheres, está dada a dica. Comigo funcionam cantadas como:

Quero vc agora
To LOUCA pra dar pra você!

Abordagem das Abordagens/Teorias da Psicologia